Acentuação Gráfica
Em uma palavra nem todas as sílabas são proferidas com a mesma intensidade e clareza,
há sempre uma sílaba que se sobressai por necessitar de maior esforço vocal no
momento da pronúncia. Na língua escrita portuguesa existem alguns sinais auxiliares,
além das letras do alfabeto, para ajudar-nos com essa questão.
A
acentuação tônica refere-se à intensidade da voz no momento da pronúncia da
palavra, sendo assim a tonicidade é o elevo ou maior altura da voz. Esse acento
de intensidade possui um importante papel linguístico para a identificação dos
significados das palavras.
É
importante ressaltar que todas as palavras possuem sílaba tônica, mas nem todas
são acentuadas graficamente. Para sabermos quais e como acentuar de maneira
correta, existem algumas regras.
Em
regras gerais, a sílaba acentuada sempre será uma das três últimas, por isso
separamos em três grupos inicialmente: oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
Além das divisões citadas anteriormente, também temos os monossílabos tônicos.
Os acentos utilizados são nomeados de agudo (´), para marcar vogais abertas e
circunflexo (^), para vogais fechadas. A crase (`) também é um acento gráfico,
mas não é utilizado para marcação de sílaba tônica.
Apenas
uma sílaba de cada palavra pode ser acentuada, recebendo o nome de sílaba
tônica, e as demais tornam-se sílabas átonas.
SÍLABA TÔNICA: + Forte
SÍLABA ÁTONA: + Fraca
NOTA:
O til (~) não é considerado um acento gráfico, pois trata-se de uma marcação de
nasalidade.
- OXÍTONAS _ _ X –
sa-bi-Á (substantivo que designa pássaro)
A
oxítona é a última sílaba tônica e acentuamos as terminadas em:
a(s)
- cajá, amarás;
e(s)
- café, português;
o(s)
- avó, dominós;
em
- também, alguém;
ens
- armazéns, parabéns.
Observação:
Esta regra inclui as formas verbais terminadas em s, r ou z e acompanhada do pronome lo, la, los, las.
Exemplos:
transpôs + lo = transpô-lo;
saber
+ lo + emos = sabê-lo-emos;
satisfez
+ lo = satisfê-lo.
- PAROXÍTONAS _ X _
- sa-BI-a (pretérito do verbo saber)
A
paroxítona é a penúltima sílaba tônica. Todas são acentuadas, EXCETO as
terminadas em a(s), e(s), o(s), em e ens.
NOTA:
Para lembrar da regra podemos assimilar às regras da oxítona, sendo assim a
exceção seria justamente as que são citadas como obrigatórias para as oxítonas.
Exemplos:
a)
Terminadas em i(s) e u(s) – júri, lápis, bônus.
b)
Terminadas em um ou uns – álbum, álbuns.
c)
Terminadas em ão(s), ã(s) – órgão, sótãos, ímã, órfã.
d)
Terminadas em ditongo oral – jóquei, área, ignorância.
e)
Terminadas em l, r, n, ps, x –
amável, açúcar, abdômen, bíceps, tórax.
Observações:
Não se acentuam prefixos paroxítonos terminados em r - super-homem; nem as
palavras terminadas em ens – jovens, nuvens.
De
acordo com o novo Acordo Ortográfico, paroxítonas terminadas pelo hiato oo(s)
não são acentuadas – enjoo, voo, perdoo.
- PROPAROXÍTONAS X _
_ - SÁ-bi-a (adjetivo de alguém erudito)
TODAS
as proparoxítonas são acentuadas graficamente. Inclusive as aparentes, que são
aquelas palavras que podem ser consideradas paroxítonas terminadas em ditongo.
Exemplos: cárie,
gramática, exército, câmara, sílaba.
- MONOSSÍLABOS
TÔNICOS X
Monossílabo
tônico é a palavra composta por apenas uma sílaba, sendo essa forte.
Acentuam-se os terminados em:
a
– já, má, pá, há;
e
– pé, ré, vê, três, mês;
o
– só, pó, nós, pôs.
- DITONGOS
Os
ditongos abertos –ei e –oi não são acentuados nas paroxítonas.
Exemplos:
ideia, assembleia, heroico, jiboia.
Acentuam-se
os ditongos abertos –ei, -eu e –oi nos monossílabos tônicos e nas oxítonas.
Exemplos:
réis, papéis, véu, chapéu, herói, rouxinóis.
- ACENTUAÇÃO DE
VERBOS
Alguns
verbos merecem atenção quando empregados na 3ª pessoa.
Exemplos:
ter - tem (singular) X têm (plural)
vir
- vem (singular) X vêm (plural)
ver
- vê (singular) X veem (plural)
ter
– tem (singular) X têm (plural)
crer
– crê (singular) X creem (plural)
- HIATOS
Recebem
acento agudo i e u tônico em hiato.
Exemplos:
saúde, aí, viúva, país, doído (do verbo doer).
QUADRO
REFERÊNCIAS
BECHARA,
Evanildo. Moderna gramática do português. 38. Ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2015.
LIMA,
Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. Ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2011.
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